Rosa-dos-Ventos

No livro da vida não se volta quando se quer, a página já lida, para melhor entendê-la;
nem pode se fazer a pausa necessária à reflexão.
Os acontecimentos nos tornam e nos arrebatam às vezes tão rapidamente
que nem deixam volver um olhar ao caminho percorrido.
(José de Alencar, in Lucíola)

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Só se vê bem com o coração ...


... o essencial é invisível para os olhos.
(Antoine de Saint-Exupéry)






O principezinho, uma vez na Terra, ficou, pois, muito surpreso de não ver ninguém. Já receara ter se enganado de planeta, quando um anel cor de lua remexeu na areia.

– Boa noite, disse o principezinho, inteiramente ao acaso.

– Boa noite, disse a serpente.

– Em que planeta me encontro? perguntou o principezinho.

– Na Terra, na África, respondeu a serpente.



– Onde estão os homens? repetiu enfim o principezinho. A gente está um pouco só no deserto.

– Entre os homens também, disse a serpente.





Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo) foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.

Apaixonado desde a infância pela mecânica, estudou a princípio no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Corix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça, onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.

A 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil. No ano seguinte, 1922, já é piloto militar brevetado, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando chefiou o posto de Cap Juby, que os mouros lhe deram o cognome de senhor das areias.

Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Recentemente, o alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo jamais foi encontrado.

Suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.

Destaca-se 'O Pequeno Príncipe' (O Principezinho, em Portugal) (1943), romance de grande sucesso de Saint-Exupéry. Escrito durante o exílio nos Estados Unidos, quando teria feito visitas ao Recife.

O Pequeno Príncipe pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.

O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor o quão equivocados podem ser os nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro leva à reflexão sobre a maneira pela qual nos tornamos adultos, entregues às preocupações diárias e esquecidos da criança que fomos e somos.

Livros
L'Aviateur (O aviador) - 1926
Courrier Sud (Correio do Sul) - 1929
Vol de Nuit (Vôo Noturno) - 1931
Terre des Hommes (Terra dos Homens) - 1939
Pilote de Guerre (Piloto de Guerra) - 1942
Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe) - 1943
Lettre à un Otage - 1943/1944

Póstumos
Citadelle - 1948
Lettres de Jeunesse - 1953
Carnets - 1953
Lettres à sa Mère - 1955
Écrits de Guerre - 1982
Manon, Danseuse - 2007

(Fonte: Wikipédia) 



"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós". Antoine de Saint-Exupéry



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