Sem sol para aquecer, o friozinho do vento já não permitia vaguear sem antes buscar um agasalho.
A caminho da pousada, minha atenção foi chamada diversas vezes pela beleza da Natureza, que manifesta seu esplendor de uma forma singela, em pequenos detalhes.
Uma espécie um tanto enigmática.
Já estas exalam simpatia.
Sorrisos em forma de flor
E que sorriso!
Perfeição, harmonia, beleza, esplendor…
Esta fachada remeteu-me a um tempo em que a simplicidade talvez estivesse mais presente, as horas andavam e não corriam, o respeito e a gentileza ainda faziam parte do dia-a-dia.
Morou talvez nesta casa um homem solitário que estudava seus livros e passava as noites à luz de velas bebericando licor e escrevendo cartas para seus entes queridos distantes? Ou um casal que na rua se mostrava bastante casto, mas no recôndito da casa desnudava a própria paixão?
Na manhã seguinte, novamente nada era prometido.
Entretanto, sem ser anunciado, o sol deixou-se contemplar ao surgir no horizonte.
Mas apenas por breves instantes…
… pois tímido logo se escondeu no meio das nuvens.
A espiar o que os homens faziam nessa parte da Terra, decidia se brilharia por inteiro ou apenas deixaria alguns raios alcançarem o mar e o que mais bem entendesse, sempre em cumplicidade com as nuvens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente